Quando se fala já da nova versão do Flight Simulator, o FSX, o AirSim disponibiliza um artigo intitulado “FS2004 um produto maduro”, da autoria de José Oliveira, fez parte da edição de Novembro de 2005 do Jornal Take-Off. Para quem não teve oportunidade de o ler, aqui fica a versão online. Em “Leia mais..” uma visão sobre o FS2004.
FS2004 um produto maduro.
Quando foi lançado o FS2004 o AirSim realizou um artigo de apresentação do simulador realçando as novas potencialidades. Após 2 anos chegou a altura de realizar um balanço. A última versão do Flight Simulator apresenta-se como um maduro produto e os produtores conseguem retirar o máximo partido das potencialidades oferecidas. Iremos focar três áreas distintas: os aviões, os cenários e a instrumentação
Podemos dividir os aviões em dois grupos. Os airliners em que existem vários exemplos considerados expoentes máximos: o B744, B737/8/9 produzidos pela PMDG (http://www.precisionmanuals.com/), o B763 produzido pela LevelD (http://www.leveldsim.com) ou o B721/2 produzido pela DreamFleet (http://www.dreamfleet2000.com) são apontados como mostras dos últimos desenvolvimentos na área. Estes aviões resultam de um esforço de longa duração por parte das equipas de desenvolvimento e normalmente são os que mais atenções prendem. A família Airbus é representada pelo A310 da SSW e o A330/A340 da PSS. Bons produtos mas que por várias razões não se encontram ao mesmo nível.
No entanto existe um outro grupo em que o desenvolvimento tem sido de igual forma impressionante. O grupo composto pelos GA. Não só pelos aviões em si mas pelos instrumentos. Podemos destacar o A36 e B58 desenvolvidos pela DreamFleet pela integração com instrumentos de última geração, o Pilatus Porter da FSD (http://www.fsd-international.com) pelo excelente modelo dinâmico. Na realidade é neste grupo em que a percentagem de simulação fica perto dos 100%. Não se pense que é devido à pouca complexidade como o demonstra a próxima secção.
A empresa RealityXP (http://www.reality-xp.com) lidera o mercado dos instrumentos. A introdução do conceito simulação a 100% em instrumentos complexos trouxe para o mercado dos GA uma verdadeira revolução. O simmer já se habituou à existência de Garmins 430/530 com crossfill, Sandel ST3400, Sandel SN3308 ou mesmo a radares meteorológicos; todos simulados a 100%. Rapidamente se chega à conclusão que é possível obter cockpits na simulação com instrumentação muitas vezes só sonhadas no real.
Se tradicionalmente os cenários apresentavam-se como mais adequados para airliners e primavam por uma representação de aeroportos tradicionais. Mais recentemente apareceram os cenários mais dedicados à representação de regiões mais ou menos extensas. Existem cenários de vários tipos:
Cobertura correcta das estradas, rios e costa. Existindo neste campo um exemplo em Portugal produzido pela PTSIM (http://www.ptsim.com). Mas o mais famoso a nível mundial é provavelmente o Misty Fjords produzido pela FSAddon (http://www.fsaddon.com) e que retrata fielmente uma zona do Alaska.
Cobertura foto realista de uma região. Solução que oferece a maior imersão possível. Esta aproximação sofre de um problema ainda não completamente ultrapassada. A representação das várias estações e da noite torna quase proibitiva a sua distribuição.
Na realidade em muitos destes exemplos o conhecimento vai além do oferecido pela Microsoft nos seus SDK (Software Development kit) e são oferecidas soluções que ainda há pouco tempo eram consideradas impossíveis. Este rápido resumo pretende espelhar o desenvolvimento na simulação cobrindo alguns dos aspectos mais significativos. Se um FS2004 maduro permitiu estes desenvolvimentos é natural que o utilizador de simulação aérea esteja ansiosamente à espera da próxima versão.
José Oliveirawww.airsim.net